O QUE É O 100 POR SANTOS?

O 100 Por Santos é um programa capitaneado pelo Memória Santista e Instituto Histórico e Geográfico de Santos, que tem por objetivo reunir 100 empresas da cidade e da região em torno da viabilização operacional para a digitalização, em dois anos, de todo o acervo de periódicos históricos produzidos na Baixada Santista, desde 1850, até os dias de hoje. Estão previstas a digitalização de cerca de 2 milhões de páginas de mais de 50 títulos diferentes de jornais e revistas, que estão abrigados hoje nos acervos da Hemeroteca Municipal Roldão Mendes Rosa, da Biblioteca da Sociedade Humanitária dos Empregados do Comércio, entre outros locais. Todo o repositório digital reunido será abrigado e compartilhado para toda a sociedade, de forma livre e gratuita, no sistema da Hemeroteca Digital Brasileira, que pertence à Fundação Biblioteca Nacional. Isso é possível em função de um Termo de Cooperação Técnica formalizado, em 2019, entre o Instituto Histórico e Geográfico de Santos e a Fundação Biblioteca Nacional.

Histórico e conceito

O Memória Santista e o Instituto Histórico e Geográfico de Santos vêm buscando, com as próprias pernas e forças, cumprir essa missão em benefício da sociedade, especialmente visando atender os jovens estudantes, os acadêmicos e pesquisadores de todos os níveis. Importante dizer que o que está sendo digitalizado não são apenas páginas de jornais e revistas antigas, mas, sim, informações históricas, de todos os segmentos, que servem de base e pesquisas para todas as áreas do conhecimento. Da ciência à cultura, do esporte à política, da vida social às causas sociais, da vida urbana e suas dificuldades, do porto, das indústrias, do comércio, enfim, de tudo o que aconteceu em Santos e região, e obviamente a visão de Santos para os acontecimentos do Brasil e do mundo, nos últimos 170 anos.

Para subsidiar projetos desta envergadura, acabamos dependendo de recursos públicos, ora provenientes de editais governamentais, ora de emendas parlamentares, ora de subvenções. Em 2020, com recursos do Ministério Público, cerca de 180 mil reais, ocorreu a oportunidade de aquisição de um equipamento, via Fundação Arquivo e Memória de Santos. No entanto, questões burocráticas e a própria pandemia atrasaram o processo, que só foi concluído agora em novembro de 2021, quando a máquina finalmente chegou.


Termo de Cooperação Técnica Instituto Histórico e Geográfico de Santos e Fundação Biblioteca Nacional
 

Digitalizando o passado para as futuras gerações

No começo de 2019, o Memória Santista e o Instituto Histórico e Geográfico de Santos lançaram o projeto de digitalização com o lema “Digitalizando o Passado para as Futuras Gerações”. Em pouco mais de um ano, ainda pegando as primeiras semanas da pandemia (depois tivemos de paralisar as atividades), conseguimos digitalizar e disponibilizar na internet mais de 40 mil páginas de jornais e revistas, como a Revista Commercial (1850-1872), o mais antigo periódico da região; a Revista Flamma (1922-1856), o jornal Gazeta Popular (1931 - 1938), a Revista Fita (1911 - 1914), Jornal da Noite (1923 - 1925), entre mais de 20 títulos diferentes, além de outras 547 mil páginas do jornal A Tribuna, numa operação de digitalização de microfilmes realizada em parceria com a Fundação Biblioteca Nacional, que possibilitou a disponibilização de edições das décadas de 60/70/80 e 90.

 

Agora temos a máquina, mas, por outro lado, o que não temos são os recursos para a operação da máquina. Atualmente, o Instituto Histórico está utilizando seu caixa para viabilizar o Museu Histórico de Santos (que é outra bandeira de luta) e os outros parceiros não têm como entrar com recursos financeiros. Para equacionar a questão, em meados de 2021, decidimos participamos de um edital do Governo do Estado de São Paulo, com o pleito, mas no final não fomos atendidos.

Aparentemente sem saída para resolver a questão, foi durante o desenvolvimento de um trabalho junto à Associação Comercial de Santos, outro grande parceiro, que tivemos a ideia de trabalhar com o conceito da Colmeia.