Antônio da Silva Jardim

Antônio da Silva Jardim era advogado, jornalista e ativista político. Teve grande atuação nos movimentos abolicionista e republicano, particularmente no Rio de Janeiro, na defesa da mobilização popular para que tanto a Abolição quanto a República, produzissem resultados efetivos em prol de toda a sociedade brasileira.

Seu pai Gabriel da Silva Jardim era um modesto professor e lecionava em seu próprio sítio. Enviado para Niterói para que pudesse estudar foi aluno inicialmente no Colégio Silva Pontes. Mais tarde matriculou-se no Mosteiro de São Bento tendo estudado português, francês, geografia e latim. Nessa época ajudou a fundar um jornal estudantil denominado "0 Laboro Literário" onde inicia sua vida política e sua luta pela liberdade.

Estudando com dificuldades financeiras, já que seu pai não possuía muitos recursos para sustentá-lo, muda de residência e de escola, matriculando-se no Externato Jasper. Procura trabalho para poder pagar seus estudos e depois de alguns empregos menores é chamado para trabalhar no próprio externato.

Parte para São Paulo quando o pai envia-lhe o dinheiro necessário e vai estudar na Faculdade de Direito de São Paulo. Logo entra no clima político da faculdade onde as idéias republicanas e a campanha abolicionista já faziam parte de debates no parlamento.

Envolve-se completamente na campanha pela República chegando a vender sua banca de advogado e dissolver sua sociedade com Martim Francisco. Sua vida se dirige para os comícios em prol da república e viagens constantes entre os estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Em sua militância foi aclamado, apedrejado, perseguido e elogiado. Sua saúde - desde a infância, por causa do impaludismo, sempre frágil, se ressentia dessa vida agitada, mas não impedia sua constante atividade política. Com a proclamação da república o exército que não se sentia ligado aos civis que tanto haviam lutado por sua proclamação, deixou-o de lado.

Candidatou-se ao Congresso no Distrito Federal e foi derrotado. Decidiu então retirar-se da política e viajar para o exterior para descansar, clarear as idéias, conhecer gente nova e novos lugares.

Aos 31 anos de idade, visita Pompéia, na Itália e curioso por conhecer o vulcão Vesúvio, mesmo tendo sido avisado de que ele poderia entrar em erupção a qualquer momento, foi tragado por uma fenda que se abriu na cratera da montanha - não se sabendo se foi um acidente ou um ato voluntário.