manoel nascimento jr

Manoel Vicente do Nascimento Júnior nasceu no Ceará, na cidade de Arati, em 1876. Iniciou sua vida profissional como "guarda-livros" de uma firma seringueira no sertão do Amazonas. Algum tempo mais tarde foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na empresa de seu pai, uma fábrica de chapéus, executando a mesma função de "guarda-livros".

Foi no Rio de Janeiro que Manoel Nascimento despertou sua curiosidade para o jornalismo e procurou empregos nos meios de comunicação da capital brasileira. Achou logo uma função no importante "Jornal do Brasil", onde escrevia matérias locais. Também atuou como jornalista para a Mitra Diocesana carioca.

Em 1909 soube, por colegas e pela impresa, que em Santos estava sendo vendido, em hasta pública, todo o acervo da oficina do jornal "Tribuna do Povo", cuja propriedade era do jornalisma Olímpio Lima, que havia falecido há pouco tempo.

Com a ajuda financeira do pai, Nascimento veio até Santos e adquiriu todo o maquinário do tradicional jornal santista. Em pouco tempo abria as portas e circulava com um novo nome: A Tribuna. 

Com um incrível tino administrativo, fez o jornal prosperar. Como jornalista, sabia que o fudamental era cercar-se de grandes nomes, escritores de fino talento, para que pudesse destacar-se no mercado. Teve ao seu lado profissionais do calibre de Alberto Veiga, Rubens do Amaral, Afonso Schmidt, Paulo Horneaux de Moura, Hamleto Rosato, Olao Rodrigues, Patrícia Galvão, Edison Teles de Azevedo, Antonio Stockler de Lima, Rui Ribeiro Couto, Paulo Gonçalves, Viriato Côrrea, Lincoln Feliciano, Nair Lacerda, Saulo Ramos, Juarez Bahia, entre outros.

Colocou o jornal A Tribuna como um dos grandes defensores dos interesses de Santos. Foi sogro de Giusfredo Santini, a quem adotou como filho e responsável por conduzir seu negócio pelas décadas que vieram após sua morte, em 29 de maio de 1959.