afonso celso de assis figueiredo junior

Afonso Celdo foi professor, poeta, historiador e político. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº 36.

Seu pai foi o Visconde de Ouro Preto, último presidente do Conselho de Ministros do Império. Sua mãe D. Francisca de Paula Martins de Toledo.

Formou-se em Direito, em 1880, pela Faculdade de Direito de São Paulo, defendendo a tese "Direito da Revolução".

Foi eleito por quatro mandatos consecutivos deputado geral por Minas Gerais. Com a proclamação da República, em 1889, deixou a política para acompanhar o pai no exílio, que se seguiu à partida da família imperial para Portugal.

Afastado da política, dedicou-se ao jornalismo e ao magistério. Divulgou durante mais de 30 anos seus artigos no Jornal do Brasil e Correio da Manhã. No magistério, exerceu a Cátedra de Economia Política na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro.

Em 1892, ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Após a morte do Barão do Rio Branco, em 1912, foi eleito presidente perpétuo dessa instituição, cargo que ocupou até 1938.

De sua vasta obra merecem destaque os seguintes livros:

Prelúdios - reunindo uma pequena coleção de poesias de conteúdo romântico publicada quando ele tinha quinze anos de idade (1876)
Devaneios (1877)
Telas sonantes (1879)
Um ponto de interrogação (1879)
Poenatos (1880)
Rimas de outrora (1891)
Vultos e fatos (1892)
O imperador no exílio (1893)
Minha filha (1893)
Lupe (1894)
Giovanina (1896)
Guerrilhas (1896)
Contraditas monárquicas (1896)
Poesias escolhidas (1898)
Oito anos de parlamento (1898)
Trovas de Espanha (1899)
Aventuras de Manuel João (1899)
Por que me ufano de meu país (1900) - título que gerou críticas e elogios
Um invejado (1900)
Da imitação de Cristo (1903)
Biografia do Visconde de Ouro Preto (1905)
Lampejos Sacros (1915)
O assassinato do coronel Gentil de Castro (1928)
Segredo conjugal (1932)

Afonso Celso foi um dos trinta homens de letras que inicialmente constituíram a Academia Brasileira de Letras. Dentre eles estavam nomes como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, Machado de Assis, Rui Barbosa e Visconde de Taunay. Dez outros foram eleitos, posteriormente, completando os quarenta fundadores do instituto.

Foi presidente da ABL em duas oportunidades: em 1925 e em 1935.